A classe política brasileira, em sua maioria, se acomodou em um ciclo vicioso de promessas não cumpridas, corrupção e ineficiência. Enquanto o Brasil continua a arrastar-se, atolado em problemas econômicos e sociais que parecem não ter fim, outros países, com históricos de pobreza e miséria, superaram nossas expectativas de crescimento e desenvolvimento.
O exemplo mais emblemático dessa transformação é Cingapura. Em meados do século XX, Cingapura era uma pequena ilha subdesenvolvida, com grandes problemas econômicos e sociais. Hoje, é uma das economias mais avançadas do mundo, com um PIB per capita que ultrapassa muitos países desenvolvidos.
O segredo?
Uma liderança política focada na meritocracia, eficiência administrativa e combate à corrupção. Enquanto isso, o Brasil, com sua imensa riqueza natural e potencial humano, se afasta de seu verdadeiro potencial, atolado em uma burocracia engessada e em uma classe política que não sabe priorizar os reais interesses da população.
Mas Cingapura não está sozinho. Países como a Coreia do Sul, Taiwan e até mesmo a China, com enormes populações e condições iniciais tão precárias quanto as do Brasil, superaram nossas deficiências políticas e se tornaram potências globais. Eles investiram em educação, inovação e infraestrutura, enquanto aqui, os recursos são desperdiçados em interesses eleitorais e em um sistema político que pouco se importa com o futuro do país.
A comparação não é apenas um exercício de lamentação, mas um convite à reflexão. Como pode um país com tantas possibilidades, com uma população criativa e resiliente, continuar sendo superado por outros, com menos recursos e maiores desafios? A resposta está na ineficiência da classe política, que não consegue olhar para o futuro do Brasil e adotar práticas eficazes de governança, enquanto a corrupção e a politicagem continuam a dominar as pautas nacionais.
O Brasil também sofre com uma relação íntima e exageradamente próxima entre a população e seus políticos, um vínculo que fomenta o clientelismo e a dependência, em vez de uma postura crítica e exigente. O povo brasileiro, muitas vezes, trata seus representantes com uma reverência indevida, como se fossem "líderes" a serem idolatrados, e não empregados que podem ser demitidos a qualquer momento.
Opinião:
"Políticos não são amigos, são empregados. Cobre como patrão. A classe política faz parte do problema, a solução é o nosso dinheiro. Não crie amor por quem explora você."
É hora de questionarmos essa realidade e exigirmos uma classe política que, ao invés de buscar perpetuar seu poder, olhe para as soluções que já foram comprovadas e que estão ao alcance de todos, se tivermos a coragem de mudar. A mudança começa quando o cidadão entender que o político é, antes de tudo, um empregado público, que deve servir à população e que pode ser demitido a qualquer momento, caso não cumpra seu papel.
Por Daniel Camilo